domingo, 1 de fevereiro de 2015

O fim do Arrocho Salarial, advinda com a representatividade.

   Conforme anunciei ontem: o Pessoal da Inteligência, cumprindo ordem do Almirante Mário, pediu para que os Trabalhadores que estavam de frente aos Atos de Protestos, durante o horário de almoço, formassem uma comissão de três homens (eu pedi que houvesse pelo menos cinco homens presentes e que esses homens fossem voluntários) para uma reunião com o Almirante Mário.

   Essa Reunião será às 15 horas, amanhã, 02/02/15.

   xxxxx e xxxxx, ambos torneiros mecânicos, e xxxxx da Divisão de Motores foram voluntários ao erguerem seus dedos a estarem nessa reunião.

   Deixo essa informação para que os Trabalhadores, leitores do Blog, conheçam os Membros da Comissão que estarão, amanhã, na Audiência com o Almirante Diretor do AMRJ.


Peço que os Trabalhadores reflitam sobre esse exposto abaixo:

   As chances de haver fim ao Arrocho Salarial, advinda com a representatividade do Sindimetal Rio, podem não acontecer, ou se arrastarem por anos, até décadas, nos embargos e recursos, enquanto tramitar nos Tribunais TRT, TST e STF a Ação Rescisória aberta pelo Drº Medina.

   As ações individuais que o Sindimetal Rio está propondo fazer podem até virem a ser julgadas em 1ª e 2ª Instâncias, mas, quaisquer petições de cumprimento de sentença (ordem de pagamento) e tutela antecipada (não tenham dúvidas disso) esperarão o Trânsito em Julgado do Pedido de Ação Rescisória Movida Pela Administração da Estatal, e a Administração da Estatal impedirá ação de cumprimento de sentença dos processos individuais através de liminares. Justificará sua Ação Rescisória da Sentença contra a representatividade do Sindimetal Rio e o andamento da mesma. Agora, pensem, se uma Entidade Pública como a Estatal Federal Emgepron com todo seu poder econômico, força politica, tendo a Própria AGU na Pessoa da União ao lado dela e os Interesses do Próprio Comando da Marinha durante esses 14 anos no processo 0168800-03.2005.5.01.0021, não fará tudo o que estiver em mãos para que o Sindimetal Rio não entre, cabalmente, nos assuntos da Estatal e seus empregados? Baseando-se nisto, podemos prognosticar que tanto a Ação Rescisória quanto as Ações Individuais propostas pelo Sindimetal Rio podem demorar anos ou décadas para ter um desfecho.

Pessimismo de minha parte? Não. Trata-se de uma contemplação dos fatos.

   Temos que pensar em nós e nossas famílias. A União dos Trabalhadores, em curto espaço de tempo, será uma realidade, pois não suportaremos a defasagem salarial. Essa União é a nossa força, mas temos que ser razoáveis e buscar no Bom senso e na negociação, se houver espaço, a solução para nossos problemas causados com o baixo salário (por último, o uso da força oriunda da União dos Trabalhadores durante os Protestos nas Ruas).

   O tempo não conta para a Instituição Sindimetal Rio e para a Entidade Federal Emgepron. Trocam-se os Diretores de ambas Entidades e o tempo para eles não é fator preocupante, é só um elemento desejável: "ganhar mais e mais tempo".

   Para nós, Trabalhadores da Estatal, esperar mais 6 ou 10 anos, até que o STF julgue a Ação Rescisória movida pelo Drº Medina em desfavor do Sindimetal Rio e, consequentemente, em desfavor dos Empregados da Estatal será o caos para nós e nossas famílias.

   A Estatal é nosso Emprego. É desse Trabalho que levamos o alimento para nossos filhos e filhas. Quanto aos mais jovens, que trabalham na Estatal, pagam seus cursos, suas faculdades com o salário obtido do seu trabalho ali. R$ 700,00 reais líquidos... É redundante dizer, mas não dá para alimentar uma família. Não poderemos suportar esse congelamento dos salários pelo tempo que demandar essa Ação Rescisória. Isso pode levar mais de uma década.

   Precisamos nos UNIR e irmos à Rua Protestar, caso não haja horizontes para o descongelamento dos salários dos Trabalhadores da Estatal. Mas, como disse naquela Reunião na CTB (os Trabalhadores que estavam lá sabem bem disso), devemos ir para Rua Protestar, mas sem a bandeira do Sindicato (eles estiveram em Brasília várias vezes, estiveram na SEDE da Estatal várias vezes e nada conseguiram para nós). Foi por isso que disse lá, para o Maurício e o Ronaldo leite, Presidente da CTB, que essa luta pelo fim desse arrocho salarial é nossa, é somente dos Trabalhadores; somente nós, os Trabalhadores e nossas necessidades seriam levadas à Rua, quando fossem convocadas as Manifestações de Rua.

   Ter entendimento da demora que esse processo de Ação Rescisória pode sofrer até que o STF dê o parecer dele sobre o assunto é de suma importância para os Trabalhadores.

   O maior desafio que temos pela frente é  conscientizar os Trabalhadores da Estatal que devemos, sim, buscar solução para pôr fim a essa agonia que sofremos e perseguir esse objetivo comum (sem ter que usar o desgastante incentivo aos Trabalhadores a virem para Rua Protestar contra esse ARROCHO SALARIAL DESUMANO que recebemos pelo nosso trabalho), que devemos ir pela via da negociação direta dos Trabalhadores, se houver espaço para tal.

   Companheiros, nós temos força e muita força, pois há algo de muito errado em tudo isso, até porque não dá para entender como uma Estatal tenha metalúrgicos em seus quadros mas não os pague como tais; mas, acima de qualquer força que possuamos, devemos usar o caminho da negociação direta entre Trabalhadores e Estatal (se houver espaço) para resolver nossa situação, uma vez que a força do Sindicato e seu viés politico, não surtiram efeitos, na prática, para os Trabalhadores.

   Esse Blog, assim como centenas de trabalhadores, acreditou que uma sentença, uma intimação de cumprimento, poderiam ser solução final para que fôssemos reconhecidos e a CCT fosse aplicada, mas vejam o desfecho...

   A Estatal vai lutar nos Tribunais, como qualquer outra Empresa Privada que tenha o mesmo poder econômico (leia na página 65) que a Estatal tem, lutaria. A Estatal pode até perder por decisões judiciais, mas, no final, ela vai demostrar um Poder que nenhuma outra Empresa tem: Um poder que está nos anais da história e que tem impedido o avanço do Sindimetal Rio (leiam) na representatividade dos Trabalhadores. Com isso, a Estatal se perpetua no Arrocho Salarial sob a égide de um Processo que nunca termina.

   Entender que os Trabalhadores devem se UNIR em defesa de si mesmos tornou-se importante; entender que não podemos mais esperar pelo Sindicato, ao meu ver, é a tônica para os Trabalhadores buscarem sair dessa Situação por conta própria.

   Nós temos força. Nós temos muita força! Mas devemos entender que não será pelo medir forças que sairemos dessa situação, mas por via negociável e pelo uso do bom senso. Talvez, por esse caminho, consigamos pôr fim a essa agonia gerada pela baixa remuneração que a Estatal vem submetendo os Trabalhadores.

  Em último caso, devemos buscar usar a Força da União dos Trabalhadores pelas Ruas do Centro do Rio nos Manifestos contra essa agonia, contra essa covardia, que é pais e mães de família trabalhadores de uma Entidade Pública Federal checar em seus contracheques e ver salário líquido de R$ 700,00.

Deixo esse Texto para nossa reflexão.

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3 Comentários:

Às domingo, 1 de fevereiro de 2015 às 15:13:00 BRST , Anonymous Anônimo disse...

Vivemos reclamando do salário de fome que recebemos, mas nunca fazemos realmente uma coisa que presta para acabar com isso. Vocês acham mesmo que protestos no amrj e essa audiência com o Almirante Mário vai resolver isso? Não foi ele que falou com os verdinhos no ano passado que o salário deles ia melhorar até o final de 2014. Vocês acham que doar sangue no hemorio vai fazer algum efeito? Dá até vontade de rir de vocês. Tudo que vocês estão fazendo são porcarias. Não adianta que nada vai mudar na empresa, meu amigo. Existem mais pessoas do contra e covardes demais para existir pessoas corajosas demais como você. Se a empresa quiser acabar com essa manifestação é so colocar você e os outros cinco no olho da rua. Será que você não vê que isso é uma armadilha? Logo você? Se houvesse uma maioria com vocês, vocês conseguiriam, mas com meia dúzia de verdinhos sentados na escadaria não dá. Sinto muito em dizer isso. Tem muito covarde para que vocês cinco (ou quatro? contei quatro com você, Alexandre) consigam vencer.

No mínimo o Almirante vai fazer vocês sairem do sério provocando vocês com ironia.

Contra a força de militares e governo não basta uma comissãoozinha de verdinhos. É preciso maioria dando apoio para fazer uma coisa como essa que você sonha. Tem que ter o apoio de todos eles, eles da emgepron atenderiam aos nosso desejos, mas parece que todos tem medo das "mão do Almirante".

Nós assumimos que somos covardes. Vimos vocês e passamos ao largo por vocês na escadaria. Somos covardes demais para admitir que não conseguimos fazer nada disso por isso odiamos você, odiamos você pelo medo que sentimos de fazer isso que você faz.

Alexandre ou os azuis, cinzas e verdes seguem você, ou vocês quatro "ou cinco" vão ser motivo de piadas quando disser que todos estão sofrendo com esse salário de fome mas ninguem reage. Se conseguir vc conseguir unir a todos, vamos despertar forças ocultas, eu estou falando de forças politicas e religiosas a nosso favor.

Einstein disse: "Se servimos um Deus só por almejar uma recompensa, no fim, somos mesmo uma raça muito patética".

Obrigado, se publicar pelo menos dessa vez minha críticas.

 
Às domingo, 1 de fevereiro de 2015 às 15:40:00 BRST , Blogger Alexandre do Blog disse...

Você escreveu: mas com "meia dúzia de verdinhos" sentados na escadaria não dá"

Como escreveu, nem todos são covardes. Haviam poucos homens, é verdade, havia cinzas e verdes na Escadaria, mas todos com muita coragem.

 
Às domingo, 1 de fevereiro de 2015 às 17:41:00 BRST , Anonymous Anônimo disse...

Alexandre, você está certo. Que Deus abençoe vocês que estarão nessa reunião. Pois vocês estão falando a verdade.

Dessa forma eu aplauso vocês que irão para essa reunião, pela sua coragem e honestidade.

Sei que vocês não gostam que fale sobre religião, mas que seja a vontade de Deus.

E não importa o que vai acontecer na reunião, pois pelo menos vocês tentaram.

Que a paz do mestre Jesus abençoe vocês.

ass: Esposa de um funcionário.

 

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Quando um homem perde a fé em algo, ele perde a motivação de lutar por esse algo.

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